por Anselm Grun
Bom Deus, hoje festejamos o Natal, a festa de nossa redenção, a festa do nascimento do Teu Filho.
Ele veio a nós como criança.
As imagens da manjedoura, as imagens de Maria, que segura carinhosamente seu filho recem-nascido ou, ajoelhada diante dele em veneração, me tocam.
Elas mostram o teu terno amor. Este amor não vem com força. Ele é como criança pequena, que eu tomo nos braços e embalo. A criança divina, assim nos diz esta festa, não está somente na manjedoura no estábulo de Belém. Também está em nosso coração.
Permite que eu possa, hoje, crer e também vivenciar que a criança divina esta em mim, que o meu coração está pleno de amor, porque, Tu mesmo, nele nascerá.
Ao nasceres em mim, eu reconheço a minha própria dignidade. Tu tens coragem para nascer no estábulo do meu coração, para lembrar-me, em minha trivialidade e banalidade, que em mim mora um mistério que é maior do que eu mesmo.
Este mistério do teu amor, que é possível ver e sentir na criança na manjedoura, mora em mim e entre nós.
Ela faz com que nos sintamos em casa, em nós e com os outros. Não estamos sós em nossa casa.
Tu mesmo escolhestes a nossa casa como a tua morada.
Permite que vivamos, em nosso coração e em nossa casa, de uma forma nova, como pessoas que foram dignificadas para serem o lugar de tua presença.
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