
O jardineiro de Georges Seurat (1882-1883) O Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, EUA
Era uma vez um jardineiro que conseguiu colher uma enorme cenoura. Ele a colheu e a levou par seu rei, dizendo:
-Meu rei, esta é a maior cenoura que jamais colhi, e que jamais colherei. Assim, quero lhe oferecer como prova de meu amor e de meu respeito.
O rei se sentiu tocado e reconheceu a bondade do coração do homem, de modo que, enquanto este partia, disse o rei:
-Espere! Você é verdadeiramente um bom administrador da terra. Tenho uma propriedade bem ao lado da sua. Quero dá-la a você de presente, para que possa plantar em toda aquela terra.
O jardineiro ficou surpreso e feliz, voltando para casa muito alegre. Porém, havia um nobre na corte do rei que presenciar toda a cena. E ele disse:
- Ora! Se é isso que se ganha com uma cenoura – o que aconteceria se eu desse ao rei algo ainda melhor?
No dia seguinte, o nobre se apresentou diante do rei, e em suas mãos estavam as rédeas de um belo garanhão negro. Ele se curvou e disse:
-Meu senhor, eu crio cavalos, e este é o melhor cavalo que jamais criei e que jamais irei criar. Quero lhe dar de presente como prova de meu amor e de meu respeito.
Mas o rei enxergou o coração do homem, agradeceu, aceitou o cavalo e o dispensou. O nobre ficara perplexo. Depois, disse o rei:
Permita-me explicar. O jardineiro estava dando a cenoura a mim, mas você estava dando o cavalo para si mesmo.
[Extraído do livro de Timothy Keller, “O Deus Pródigo”, Ed.Thomas Nelson, pp.85-97]
Categorias:ESPIRITUALIDADE
Que bonita pintura! Sabe dizer-me o autor?
CurtirCurtir